sexta-feira, 5 de setembro de 2014

DIVAGAÇÕES



Semelhante  a   ave migratória
Contemplou e  até viveu em algumas paragens
Longe do seu habitat,
D’onde em suas divagações tem recordações
Por vezes, felizes.

Viajante certamente,
Errante talvez.

Caminhou em estrada de chão,
Amou
E sentiu solidão.

Debruçado na janela da saudade ,
Buscava  o horizonte com as vistas embaçadas,
De lágrimas, poeira e decepção.

Levantava o olhar para  o céu
Sorria...
Agradecia...
E recomeçava com os seus devaneios.
 
Aspirava amar e ser acariciado pelo vento
que sopra no verão do Araguaia,
Sonhava beijar um rosto macio duma colega de escola
E namorar escondido no canto da rua.

Divagava pelas praias e espreitava na sutileza da noite escura,
A nudez  serena das estrelas
E esperava com paciência o aparecimento da lua.

Com a cumplicidade da madrugada,
Que oculta os mais loucos desejos
Dos enamorados pela vida,
Lembrava do seu primeiro amor.

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