sábado, 26 de julho de 2014

CANTIGA DAS ÁGUAS DO ARAGUAIA



Coisa  linda é o banzeiro desse rio;
no seu balanço  acalenta  muitos sonhos e rimas.

Esse rio que banha de nostalgia os pensadores
da  modernidade insana  com  os desejos absolutos de serem felizes nem que seja  por um verso ,
concebido em  turbulenta  introspecção existencial.

Berço de  poetas  apaixonados pelo despertar da aurora
De uma frase soprada ao infinito ;
E pelo entardecer de um poema perdido que volta  ao imaginário de quem  soprou a frase como se fosse  o vento
Do abano que acende um fogão a lenha.

Aqueles que despertaram  para a vida
Ás margens do Araguaia
se encantaram
com a cantiga das suas águas;


Quantos e tantos já
enveredaram  em  pensamentos
Por  sobre as  nuvens que  se deitam
acima do  espelho dessas  águas.

Os banzeiros desse rio,
Embalaram  os sonhos  de um menino
que tinha vontade de crescer;
A ausência de sua cantiga
É a saudade de um homem
que queria voltar a ser criança.

Este rio é abençoado  por Deus
mata a fome  do pescador
e lava a alma de quem ama a sua semelhança.

Satisfaz o ego
de quem quer ser amado,
sem pedir retribuição.

Bálsamo de um órfão
que hoje é cidadão;
anestesia do espírito
do pensador que constrói um refrão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário