No regresso ao nascedouro dos sentimentos
De um namoro
Aflorado em ardis desencontros,
Encontra alguém
Que o alerta para os sinais da obsessão
À que se entrega..
No reflexo do retrovisor
Das suas lembranças,
Vê a imagem de desleixo
Com a fé
Com a vida
E consigo.
Não sente mais
A brisa rasteira de
maio
Vinda do outro lado do rio
Que sentia todos os
dias
De todos os meses.
O reluzir da lua
Já não o via
e esquecia
Até de dar bom dia ao
sol.
Quão egoísta é o homem!
Quer ser amado e implora por atenção de seus iguais,
Mas, se lhe pedem um olhar fraterno
Ignora a essência do existir
Naturalmente sem remorso algum.
É como planta que recebe visita da chuva
Em período de seca;
É lembrar de passarinhos observados na infância,
E querer viver mais um amor de adolescência.
As paixões adultas
Não satisfazem os idos tempos
Dos primeiros versos
Compostos e escritos nas folhas do caderno de caligrafia,
Tudo agora é sem fantasias, sem sonhos
e sem bilhete de amor...
E a solidão lhe rouba a respiração.
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